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Poema de Maria de Lurdes Batista

Atualizado: 9 de mar.

Adeus, coração mimoso,

delicadeza, rosto formoso,

Mão ternurenta, a magia do arroz-doce.


Coração bondoso, rosto redondo,

és um ser único para todo o sempre.

Que este pequeno pensamento

seja enviado diretamente ao teu coração.


Coração esse mimoso,

minha delicadeza, rosto formoso.

Só tu sabes fazer o meu arroz-doce.


Carregados cabelos longos tens.

Os anos passam e continuam escuros como a noite,

misteriosos como o mar que atravessei.


Nessas noites,

lembro-me que tens:

Pele pura de cacau e linhas suaves que aperfeiçoam o teu ser.


Índia baixa, irrequieta e muito atrevida,

dançaste dentro dela e uma nova vida dançou em ti,

toda esta liberdade que agora está em mim.


Menina dos caracóis soltos e do pé descalço,

sinto a terra a fazer de mim uma flor única,

Que não tem medo de dizer,

nem que não,

nem que sim.


Por isso, vamos sorrir,

mesmo estando tristes!

É mais triste querer,

do que não poder sorrir.


Não te dou o meu coração,

porque não o posso tirar.

Se eu tirar, sei que morro,

e não posso te amar!


Adeus, coração mimoso,

delicadeza, rosto formoso.

Vovó amada, vovó do meu arroz-doce.


Vanessa Lamounier Soares & António Garcia Lamounier



 
 
 

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