Poema de Maria de Lurdes Batista
- Vanessa Lamounier
- 19 de nov. de 2023
- 1 min de leitura
Atualizado: 9 de mar.
Adeus, coração mimoso,
delicadeza, rosto formoso,
Mão ternurenta, a magia do arroz-doce.
Coração bondoso, rosto redondo,
és um ser único para todo o sempre.
Que este pequeno pensamento
seja enviado diretamente ao teu coração.
Coração esse mimoso,
minha delicadeza, rosto formoso.
Só tu sabes fazer o meu arroz-doce.
Carregados cabelos longos tens.
Os anos passam e continuam escuros como a noite,
misteriosos como o mar que atravessei.
Nessas noites,
lembro-me que tens:
Pele pura de cacau e linhas suaves que aperfeiçoam o teu ser.
Índia baixa, irrequieta e muito atrevida,
dançaste dentro dela e uma nova vida dançou em ti,
toda esta liberdade que agora está em mim.
Menina dos caracóis soltos e do pé descalço,
sinto a terra a fazer de mim uma flor única,
Que não tem medo de dizer,
nem que não,
nem que sim.
Por isso, vamos sorrir,
mesmo estando tristes!
É mais triste querer,
do que não poder sorrir.
Não te dou o meu coração,
porque não o posso tirar.
Se eu tirar, sei que morro,
e não posso te amar!
Adeus, coração mimoso,
delicadeza, rosto formoso.
Vovó amada, vovó do meu arroz-doce.
Vanessa Lamounier Soares & António Garcia Lamounier

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